Como começar o primeiro post do ano, se quando olho para trás e percebo que muitos dos meus desejos de 2011 eu não realizei?
Não, eu não sou infeliz, muito menos posso reclamar de todo o meu ano passado... da minha vida...
Obtive conquistas profissionais, tenho a alegria de ter uma família mais unida, com muito mais amor.
Tenho amigos demasiadamente valiosos, prestativos, amorosos...
Mas, mas... sabe o título do meu blog?
Pois é... eu ainda não tenho o amor que tanto almejo.
Difícil admitir que eu continuo na mesma história, ainda que tenha tentado de todas as formas esquece-la e seguir em frente.
As vezes me pergunto se eu sou mais uma daquelas que pessoas que nunca se satisfazem por inteiro, ainda que tenham tudo.
Acho até que sou louca, ou que espero demais das coisas, mas não quero acreditar nisso...
Muitas vezes digo a Deus: "eu só quero amor, aquele amor específico".
Esse "só" me enjoa.
Poxa vida, serei eu tão mesquinha a ponto de pedir reiteradamente algo que não me é concedido?
Serei tão burra em insistir em uma idéia, em um sentimento, se ele não me dá os frutos que eu espero?
Será? Será? Eu não gosto de utilizar esse termo!
Aí vem o outro lado...
Nunca posso reclamar dos meus amigos, da minha família, esses sim me dão orgulho e me auxiliam nessa vida... São meu porto seguro!
Eu sei que o tempo de Deus não é o meu tempo, que Ele sabe de todas as coisas, que talvez a lição disso tudo é que eu tenha que aprender a ter paciência.
MAS PACIÊNCIA ATÉ QUANDO?
Outra pergunta que eu jamais obterei resposta...
Minhas palavras aqui são sinceras, talvez aqui seja o único lugar que eu consiga me expressar por completo!
Eu cansei de chorar, não sofro mais como já sofri... até admiro a calma e a serenidade que tenho tido nos últimos tempos!
Mas aquele vazio, aquela ausência que dói, está mais latente que nunca!
Como eu queria que a minha mudança dependesse só de mim... entendem?
Não esperar encontrar minha felicidade em ninguém, ou em qualquer coisa...
E o cômico é que eu sempre digo essa frase, eu repito isso todos os dias, como uma oração!
Mas não funciona, não adianta nada e isso me irrita, desanima...
Como se eu fosse realmente impotente diante de eu mesma...
Estranho não?
Como um ser humano (eu), não é capaz de ser o dono da sua própria história... autor do seu próprio drama, do seu romance?
E sabem o que mais me irrita em mim?
Não querer excluir o velho amor para dar lugar a outro... não ter vontade de encontrar em outra pessoa o que eu quero encontrar nessa que eu tanto amo.
Me parece injusto eu ter um coração tão repleto de amor, dedicado a uma só pessoa, e tão pouco poder demonstra-lo da forma que eu gostaria...
Hoje eu e uma amiga tentávamos decifrar a diferença do amor e da paixão. Se eu já realmente amei, se isso que eu sinto realmente é amor. Resultado final: nenhum! Nada além do que eu sempre pensei.
Continuei reafirmando a minha idéia de que, se não fosse amor isso que sinto, seria o que?
Loucura, obssessão?
Ao menos minha psicóloga e quem me conhecem dizem que não... hahaha, mas afinal, vai saber, não é mesmo?
E a verdade é que por todos esses anos, eu não fiz nada mais do que ser eu mesma... nada mais do que aprender a respeitar o tempo do outro, me entregar quando achei que devia, chorar com meu travesseiro, desabafar com os íntimos... ou aqui!
Francamente, cansei! Chega! Eu quero que tudo isso suma, desapareça!
Se fosse possível arrancar de dentro da cabeça, de dentro do coração todos esses pensamentos, devaneios, ilusões... talvez seria a solução mais exata e plausível!
Mas se não é possível, como eu devo lidar com isso? Alguém sabe me dizer?
Inquietude, inquietude da alma, inquietude da mente, inquietude do coração.
Essa é a única constante da minha vida... há aproximadamente cinco anos, porque todo o resto que me incomodava eu já mudei, já superei... já construí e reconstruí!
Não importa quantas viradas de anos passaram desde que tudo começou, e já faz temmmmpooo... meus desejos ocultos são os mesmos.
Não importa quantas velinhas já assoprei, a vontade e meu amor é o mesmo! Aliás, é crescente... como se nunca diminuísse nem um pouquinho...
Chego a pensar que o melhor seria uma grande decepção... Que ele cometesse a maior "M" do mundo, me sacaneasse mesmo... Assim talvez eu superaria...
Mas como esquecer alguém que é doce, que eu sei que me ama (não como eu gostaria que amasse) e que é um companheiro insuperável?
Pois é... vêem a dificuldade disso tudo?
Mesmo contando tudo isso, como eu já disse no início, eu sou (parcialmente) feliz... tento todos os dias dar valor às coisas bonitas e divertidas da vida, ao amor fraterno, ao amor paterno e ao "amor-amizade", pois sem eles... francamente, eu não seria NADA!!!
Enquanto todas essas indagações permanecem, eu continuo a pedir luz, sabedoria, PACIÊNCIA, clareza...
Ajuda aos nossos amigos invisíveis, coordenados pela maior estrela chamada Deus.
Mas enfim, pra terminar essa minha ladainha, não custa tentar mais uma vez:
Que em 2012 eu seja feliz;
Que eu seja humilde;
Que elimine os sentimentos ruins, inerente a quase todos os seres humanos, exceto aqueles demasiadamente iluminados;
Que eu continue na busca do meu auto-conhecimento;
Que eu receba a luz que tanto busco;
Que eu seja eu mesma;
Que eu seja uma pessoa melhor;
Que eu tenha uma família ainda mais sólida;
Que eu continue com meus grandes amigos, dando o enorme valor que eles merecem e conheça muitos outros;
Que eu tenha esse amor, ou outro... se possível;
Que essa inquietude passe;
Que eu alcance meu lugar ao sol;
Que eu diga esse ano: consegui!
Desejo a vocês, amigos, tudo de melhor que há nessa vida...
Que vocês sejam muito felizes e que realizem todos os sonhos e desejos (ocultos ou não)!
Um beijo enorme em cada coração que ler isso.
Deise