sexta-feira, 8 de julho de 2011

vamos junto?

eu to nervosa,
quase louca, pra falar a verdade.

quero que minha viagem chegue logo,
engolir todo esse choro de saudade que já existe,
esquecer dos problemas...

quero ir embora...
quero conhecer o velho mundo e esquecer esse meu dilema eterno!

tristeza, agonia, ansiedade, choro: vocês não tem espaço!

felicidade, tranquilidade, equilibrio,
será que vocês podem me acompanhar?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ensueño

uma semana de amor,
muitos beijos intermináveis.

uma semana que antecipa a falta,
muitos pensamentos indecifráveis.

antecipar a saudade,
saudade profunda de um só.

um devaneio,
outra realidade.

domingo, 3 de julho de 2011

preciso saber o que sou

olho pro seus olhos e a coragem que eu tinha pra expressar meus pensamentos já se foi...
minha memória é tomada por todos os momentos maravilhosos que vivemos, da história que construimos, da amizade tão concreta que conservamos.
passo a perguntar pra mim mesmo se é justo esquecer disso tudo, se é digno virar a página sem tentar.
quantos anos já se passaram?
quantas vezes já sofri? já deixei de sofrer? já curti? sorri?
te superei? te amei? te esqueci?
não sei se você é passado, se é esse presente gostoso, se será um futuro...
não sei de nada.
tentar entender o que se passa em sua mente é impossível.
nessa incerteza, eu me perco, viajo, me questiono a todo tempo se eu estou no caminho certo...
e não sei responder. não consigo responder a nenhuma das minhas perguntas.
já tentei compreender os teus medos, até mesmo já tentei senti-los pra facilitar que eu te esquecesse.
já tentei um outro amor, já me entreguei a outra pessoa e mesmo assim não funcionou...
você ainda é latente no meu coração.
e o pior é não saber como lidar com esse sentimento que me avassala...
é acreditar a todo tempo que eu exerço certa pressão sobre você, ainda sabendo que de fato, nenhuma pressão existe.
a única pressão é sobre eu mesma, que choro, só!
ser mulher é mais complexo do que se pensa...
eu não represento a vontade de todas, mas como uma, eu desejo mais...
mais carinho, mais atenção, mais momentos inesquecíveis, mais você.
por mais que você me diga de que não sou uma pessoa qualquer, eu quero me sentir única....
não apenas nas horas quentes, mas também naqueles momentos que estamos juntos que se tornariam perfeitos com um abraço, um beijo, um cafuné sem que, pra isso, seja preciso um pedido...
iniciativa!
isso, isso que falta...
mas me parece que é chegado o momento em que precisaremos decidir...
se me quer, tem que me querer de verdade, sempre, e não apenas quando for impossível resistir...
se for pra se entregar, que você se entregue por inteiro... não só seu corpo, mas teu coração também...
quero que nós possamos nos permitir mais...
quero me sentir segura!
pra mim, um dia sim, e outro não, e no outro mal se sabe... não funcionam mais...
preciso poder ser eu mesma, sem resistir, sem precisar pensar mil vezes se hoje eu posso, ou se não...

eu sou inteira, meu coração é um só.
preciso saber o que sou.

sábado, 2 de julho de 2011

O amor é sentimento ou decisão?

Está aí a questão… Quem se atreve a responder?

Essa coisa de filosofar sobre o cotidiano nem sempre dá certo. Vez ou outra a gente ouve perguntas como esta daí. Esta semana alguém me fez esta pergunta. E insistiu na busca de uma resposta.

Sinceramente, não sei responder. Definir o amor é algo que não me atrevo. Não por ser desprovido de amor, mas por que creio que cada pessoa o experimente e vivencie de forma diferente.

Penso que, se o amor é algo que sentimos, logo é um sentimento. Mas que sentimento é este? Amor não seria a junção de outros sentimentos? Por exemplo, amamos alguém que nos faz sentir paz, alegria, prazer. Ou seja, temos a sensação que amamos alguém quando este alguém faz a diferença em nossa vida – quando nos toca de uma maneira única e especial.

Uma coisa é certa: amor não é aquela loucura cega que tira o nosso foco e nos faz perder o rumo. Isto é paixão. E paixão acaba. Perde-se com a realidade, reveladora de todas as nossas contradições e defeitos.

Por isso, amor também pode ser uma decisão. Às vezes, escolhemos estar ao lado de alguém, ajudar, apoiar, cuidar… E ninguém dá conta de fazer isso por uma outra pessoa sem ter amor.

Seria então o amor algo que temos dentro de nós e apenas escolheríamos o alvo, o objeto ou a pessoa a ser amada?

Difícil responder.

Sei, porém, que os gregos são mais felizes do que nós. Eles têm mais de uma definição para amor – por lá tem conceito para amor entre homem e mulher; amor entre amigos e irmãos; amor do divino pelo humano; e ainda o amor sem interesse. Além disso, filosofaram tanto sobre o amor e apresentaram aos humanos os deuses do Olímpo em todo o seu universo místico, repleto de histórias tão belas (e outras nem tanto), que devem saber muito mais que nós sobre o que é o amor.

Quanto a nós, que fomos privados pelo vocabulário que nos concedeu só uma só palavra para definir algo tão complexo, resta-nos viver. Viver e experimentar o amor. Sendo ele um sentimento ou uma decisão, não podemos negar: faz bem. Torna o homem melhor, pois aproxima, nos torna gentis, pacientes, tolerantes, fiéis, perseverantes, prestativos, justos, capazes de perdoar…

Por Ronaldo Nezo: http://blogdoronaldo.wordpress.com/2011/06/16/o-amor-e-sentimento-ou-decisao/