segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Bambina

Não entendi qual a conclusão correta,
Se há eufemismos demais nessa vida,
Ou se é simples e nós complicamos... 

Não descobri se o ser maior a quem eu rezo é uma crença profunda que eu torno verdade ou se tudo não passa de uma opinião.

Notei que, quanto mais o tempo passa, mais as coisas perdem a graça enquanto outras ganham proporção.

E talvez, só talvez, a vida me vê pra sempre como criança...
Na verdade, me deixa cair não pra machucar, mas para aprender sempre!

Aos meus 26 anos, alguns kilometros rodados, muitas lágrimas, muitos sonhos e desilusões, eu ainda não sei de nada.

E assim é a vida de uma criança.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

me acostumei a procurar rimas para minhas loucuras,
usar a vírgula a cada pausa de pensamento,
que não sei mais me expressar sem essas duas.

meus pensamentos andam tão rápidos e desconexos,
e também me acostumei assim.

eu mudo a cada hora,
eu (des)entendo alguma coisa
(des)aprendo outras.

a criança cresce da mesma forma que a fruta amadurece,
e quase tudo evolui por aí.

aí eu entendo que eu sou ciclo, 
morro e renasço todo dia,
renovando a mim mesma,
procurando um mundo além.

enquanto eu sentir essa vontade,
descobrir toda verdade,
ser capaz de entender que tudo tem uma razão,
eu sei que pensarei, viverei mais a cada dia,
na certeza que o impossível é questão de opinião.

no final, somos infinitos.
eu acredito.







terça-feira, 17 de dezembro de 2013

é a canção que sona a aurora,
que nem sabe o quanto encanta

é um céu azul que reluz o brilho encantador do sol,
sem nuvens cinzas no horizonte.

é o perfume da terra molhada que existe em qualquer lugar,
é o barulho da chuva que acalma.

é o gelo que escorre nas costas em um dia de verão,
mais de quarenta graus de excitação.

é a falta de definição pra qualquer coisa que sentia, 
parece que aprendia que ninguém queria bagunçar um coração.

verdades são bem vindas só se forem escondidas,
ninguém gosta de sinceridade não.

e constantemente se esquecia,
eram novas regras todo dia,
muita informação.

quisera o mundo fosse justo,
alimentasse todo mundo,
e não se guiasse por corrupção.

os puritanos pestanejavam, enlouquecidos,
e pensavam que não precisavam de perdão.

tanta loucura em um mundo 
que seu não parecia,
e lembrava todo dia
"não se engane, tanto, não!"







quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dizeres confusos em meio aos sorrisos.
Ela se perguntou depois de algumas horas se ele estava realmente atento...
Ele só desejava em silêncio aquela boca que não parava de mexer...

Ela nem sabia mais o que contar,
Afinal, ele já tinha perguntado tudo a seu respeito.
E mesmo tentando manter aquele mistério necessário, ela embarcou no nervosismo e não conseguia se calar.

E ele só a desejava mais ainda,
Apreciava o movimentos dos braços, das mãos e chegou imaginar como seria aquele abraço.

Quando ela percebeu, ele já havia mudado de sofá e sentado ao seu lado.
O perfume conseguia seduzir mais ainda quando ele estava pertinho.
E ela gostou, mas gostou em silêncio.

Ele já não tinha mais desculpas para alongar aquela noite,
Precisava ir embora mas nessa hora, ele já tinha esquecido de tudo isso.
Ele colocou as suas mãos nas pernas dela quando riu,
Se envergonhou ao perceber, mas... Sorriu.

Era uma charada inesperada e quase indecifrável.
Ela estava desacostumada. Não imaginava que poderia seduzir alguém sem querer.

Ele não sabia que ela era tão linda assim,
Já ela nem imaginava tanto bom humor.

Ao acaso, ou não, aquela mão fez efeito,
Foram se os defeitos,
Já era feito. Fizeram-se.
Amaram-se.

Calaram-se.

Porque desejo é assim. Pra muitos, vem e passa.