quinta-feira, 26 de junho de 2008

À brasileira...




Levanta, sacode a poeira e dê a volta por cima!


A poeira tiro daqui... afinal, quanto descaso com meu espaço-desabafo, não?

Levantar, talvez seja mais complicado do que se parece.
A vida é movida numa velocidade tão intensa, que as vezes me dá a impressão de ser excessiva. Deparo-me, costumeiramente, com aquele pensamento pesado, difícil, de que o tempo é curto, e que eu estou deixando a vida passar, e pior, sem passar por ela.
As inquietudes intrínsecas ao meu ser se esvaecem durante o dia, vez que ando bastante ocupada com o trabalho, com a faculdade e outros compromissos que não param em razão da minha revolta.
No entanto, todas estas inquietudes vagas voltam à tona quando me deito na cama com uma única vontade: adormecer. Sem querer pensar, sem querer sequer sonhar.
Afinal, já cansei-me daqueles sonhos que insistem em repetir [quase] toda noite, principalmente após a minha abdicação desta fantasia específica.
Esta ausência de paz na consciência arruína qualquer vida, qualquer mente, e qualquer coração.
Justo eu, justo eu quem nunca abriu mão de gritar que TUDO do que precisamos é amor...
Injustiça?
Não! Muito embora eu questione a existência, em mim, de qualidades para o amor, ou melhor, de saber que me falta um certo tino, eu ainda acredito na justiça divina.
Bom, talvez o amor jamais será pra mim...
Ou talvez a minha função é apenas viver no papel de espectadora... de saborear, mentalmente em minhas loucuras, qual o verdadeiro gosto do beijo, o verdadeiro prazer do sexo, a verdadeira graça de amar.

Dar a volta por cima?
Pois bem, apesar destes pesares, eu continuarei tenho um bom motivo para sorrir. Claro que é um sorriso diferente... Mais sério.
Isto porque descobri que tenho um grande amante, uma paixão antiga mas que eu nunca tinha encarado de frente, e hoje encaro – incrivelmente sem medo algum – mas é claro, este meu amor jamais me dará um abraço ou trocará qualquer palavra.
Pode, às vezes, me confortar... como vem fazendo, muito bem por sinal.
Pois meu único momento de paz, e o que estranhamente é bastante verdade, é quando estamos juntos.
E garanto que não é um amor platônico!
Só me pergunto como me dar paz se, por sua vez, só me faz correr e ocupa quase todo meu tempo!
Mas ah, que importa isso se me alegra?
Apresento a todos meu novo amor: meu trabalho.
Advogar é meu futuro.
Detalhe: ainda bem que advogar é uma atividade que pode ser desenvolvida individualmente.