sábado, 2 de julho de 2011

O amor é sentimento ou decisão?

Está aí a questão… Quem se atreve a responder?

Essa coisa de filosofar sobre o cotidiano nem sempre dá certo. Vez ou outra a gente ouve perguntas como esta daí. Esta semana alguém me fez esta pergunta. E insistiu na busca de uma resposta.

Sinceramente, não sei responder. Definir o amor é algo que não me atrevo. Não por ser desprovido de amor, mas por que creio que cada pessoa o experimente e vivencie de forma diferente.

Penso que, se o amor é algo que sentimos, logo é um sentimento. Mas que sentimento é este? Amor não seria a junção de outros sentimentos? Por exemplo, amamos alguém que nos faz sentir paz, alegria, prazer. Ou seja, temos a sensação que amamos alguém quando este alguém faz a diferença em nossa vida – quando nos toca de uma maneira única e especial.

Uma coisa é certa: amor não é aquela loucura cega que tira o nosso foco e nos faz perder o rumo. Isto é paixão. E paixão acaba. Perde-se com a realidade, reveladora de todas as nossas contradições e defeitos.

Por isso, amor também pode ser uma decisão. Às vezes, escolhemos estar ao lado de alguém, ajudar, apoiar, cuidar… E ninguém dá conta de fazer isso por uma outra pessoa sem ter amor.

Seria então o amor algo que temos dentro de nós e apenas escolheríamos o alvo, o objeto ou a pessoa a ser amada?

Difícil responder.

Sei, porém, que os gregos são mais felizes do que nós. Eles têm mais de uma definição para amor – por lá tem conceito para amor entre homem e mulher; amor entre amigos e irmãos; amor do divino pelo humano; e ainda o amor sem interesse. Além disso, filosofaram tanto sobre o amor e apresentaram aos humanos os deuses do Olímpo em todo o seu universo místico, repleto de histórias tão belas (e outras nem tanto), que devem saber muito mais que nós sobre o que é o amor.

Quanto a nós, que fomos privados pelo vocabulário que nos concedeu só uma só palavra para definir algo tão complexo, resta-nos viver. Viver e experimentar o amor. Sendo ele um sentimento ou uma decisão, não podemos negar: faz bem. Torna o homem melhor, pois aproxima, nos torna gentis, pacientes, tolerantes, fiéis, perseverantes, prestativos, justos, capazes de perdoar…

Por Ronaldo Nezo: http://blogdoronaldo.wordpress.com/2011/06/16/o-amor-e-sentimento-ou-decisao/

Um comentário:

Mare Soares disse...

Uma palavra só: incrível!