Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Acho que quem frequenta aqui, com certeza, percebeu que eu adoro Carlos Drummond de Andrade.
Toda vez que o leio, me surpreendo com a forma tão bela que ele fala do amor.
Eu tenho que aprender muito ainda.. aprender que o amor "é privilégio de maduros" e que "começa tarde"...
Aproveitem este belo texto!
Beijos
Um comentário:
cara, amar dói ._. e eu to deprimida
Postar um comentário