terça-feira, 29 de janeiro de 2008

I was wondering...



Sou aquela que não sabe se é criança, adolescente ou adulta.

Que não crê, ou prefere não crer, que existam pessoas que não aprenderam o que é carater.
Me irrito com coisas que gosto, mas me irrito mais ainda quando as pessoas que eu amo, que eu convivo, parecem esquecer-se de que eu também quero um pouco de carinho, de atenção ... e não apenas dá-los.
Sorte que irritação é passageira! Mas, acredito que todo ser humano é carente ... e, a carência é quase que constante.
Quando falo disso, sinto-me como uma criança! Aquela que é sempre dependente de alguém... que sempre chora por um colo!

Além disso, sempre me deparo com a intensa vontade pela liberdade... Seja a liberdade uma simples possibilidade de sair sem ser questionada, ou a liberdade de escolher o que se quer fazer ou de tomar decisões de maior importância.
E o engraçado é que, quando se fala de tomar decisões, procuro a opinião de alguém que me apoie para iniciar um novo caminho!
Nesta situação, me sinto uma adolescete em fase de transição... Aquela que tudo quer [sem poder], mas que, quando lhe é dada a possibilidade de escolha, se sente incapaz de tomá-la sozinha.

E adulta? Será que já posso ser considerada assim?
Como disse, ainda não sei... Tenho certas responsabilidades, sim! No entanto, não consigo definir se ser adulto é apenas ter responsabilidades. Afinal, até crianças têm responsabilidades, e, não é tão raro observarmos adultos irresponsáveis.
Como me considerar adulta se choro, se falo sobre o que sinto abertamente e me sinto, as vezes, tão pequena diante da vida? Se, ainda, gosto de opiniões dos queridos, que não gosto muito de conseguir as coisas sozinhas para não me sentir solitária?
E que, além de tudo, adora brincar de roda com os amigos, não rodas com cantigas como no tempo de moleca, mas aquelas com vozes e conversas de pessoas crescidas!

Concluo que, deve-se ser criada uma nova fase da vida: aquela em que a pessoa ainda não aprendeu a seguir sozinha, que precisa de atenção de alguém, do apoio... Mas, que consiga, quando necessário, tomar decisões sem que lhe seja dado um conselho, e ainda, que não se sinta auto-suficiente demais para pedir ajuda quando necessário.
Que esta nova fase, aceite também pessoas que falam o que querem, que exponham seus pensamentos e devaneios sem serem taxadas como crianças que necessitam de atenção, adolescentes em crise ou adultos infelizes.
Uma fase que não julga a "aptidão" das pessoas para crescerem diante do mundo apenas pelos seus pontos fracos.
Acho, que tudo que quero é liberdade para ser eu mesma sem que isso me rotule como uma pessoa que não se importa com o futuro ou que não aprendeu a crescer!


star Não sei se tem muito sentido para quem lê, mas tudo isso faz parte de meus pensamentos.
E como aqui é minha fuga, não há porque ter vergonha de expo-los, certo?

Beijos

5 comentários:

Luiza Callafange disse...

Concordo com você, Deise.
Não acho importante sermos crianças, adultas, idosos, meio-termo...Porque no fim, somos todos humanos, e é isso que nos torna um pouco de cada fase.
:) Para mim tudo isso faz muito sentido!

Mare Soares disse...

Pois eu achei sua conclusão genial!
Entendo como se sente perfeitamente... Acho que devemos ser crianças sempre para não esquecermos nunca as coisas boas da vida, adolescentes para percebermos que não há nada melhor do que a sensação de liberdade e adultos para entendermos nossas responsabilidades e descobrirmos que a vida não é somente uma festa.
=) adorei seu blog, posso linka-lo?

Luiza Callafange disse...

Com certeza gostei muito do poeminha, foram apenas outras palavras decifrando o que eu quis dizer...Obrigada por elas!
:)

Marinho disse...

o que nos faz ser adultos?
São as contas a pagar?
A maturidade, levar uma vida planejada? sem graça?
Não acho que seja nada disso, já que conheço adultos que não tem uma ou todas essas características e são tachados de adultos.
Será que crescer é precisar menos das pessoas? Ou pelo contrário, é ter uma rede tão grande que sem eles não seríamos nada?
É se completar em uma alma gêmea ou complementar os sentimentos e ações que faltam em si?
a carência é normal até porque num mundo cheio de perguntas, sempre vai faltar alguma coisa... mesmo que seja respostas.

Paty Augusto disse...

Eu entendo bem o que vc quer dizer... Muitas vezes também passo por isso por que as pessoas queridas às vezes não entendem que temos uma opinião própria e uma forma diferente de ver o mundo. Isso faz com que sejamos sempre tachadas de irresponsáveis. Mas não quer dizer que estamos indo por um caminho errado, mas que estamos tomando uma estrada diferente do esperado.
Seja forte para enfrentar os obstáculos... Serão muitos, mas aos poucos vamos abrindo a nossa clareira!!!
beijos