terça-feira, 22 de março de 2016

Um mundo louco,
Um compasso alucinante.
Os sentimentos ávidos são rápidos,
Sensibilizantes, mas, pouco memoráveis.

Uns buscam a calma,
Capaz de aquietar uma mente pensante e, talvez, inspirar o coração.

Outros buscam aquele rítmo inquietante,
Que desprende a razão das atitudes,
Que mascára um sentimento que não se quer.

Dentre estes, somam-se outros sem voz.
Sem voz nem pensamento,
Que tocam a vida em qualquer tom,
Conforme dita o mundo,
Sem nem, ao menos, tentar entender o porquê,
Enorme distração.

A melhor forma de viver, não sei.
Não se sabe.
Talvez não cabe nessa falta de evolução.

Questionar-se ainda é válido.
Mas não procure encontrar qualquer razão.


sexta-feira, 4 de março de 2016

Dois corpos quentes e diferentes,
Cada qual com sua história,
Com sua memória e profunda indecisão.
Mas o que importa quando o desejo que não se disfarça,
Que ninguém quer demonstrar,
Mas verdadeiramente não se pode esconder.
Cada palava soa como um "eu te quero" ao pé do ouvido.
Um sorriso é, de igual forma, "vem aqui comigo" disfarçado de boas intenções.
Um desejo maroto, safado mesmo, pra ser bem entendido.
Não quer ser repreendido, por nenhuma das partes dessa, digamos, contravenção.
Olhares que fingem não se encontrar,
E juram não confessar toda a atração.
Mas que transbordam com toda intensidade.
No jogo de não poder,
Onde o que vale mesmo é o querer.
Quem liga pra todas essas normas,
Quando a vontade só transborda,
E nossa insônia vira bossa, nesse negócio de prazer.